quarta-feira, 6 de outubro de 2010

IBOPE “DELETADO”

Por Dornélio da Silva


O “santo” IBOPE não influencia mais em nada! É isso mesmo.Decadente e desacreditado! Sem falar na vergonha nacional, verifiquemos apenas a situação do Pará neste primeiro turno. Na véspera do pleito, expectativas dos números que viriam, as manchetes dos jornais... então surgiram os números da eleição no Pará. Publicaram-se os votos válidos: Jatene 53% e a somatória dos demais candidatos, 47%, diferença de 6 pontos percentuais, o que não daria segundo turno. Portanto, os jornais manchetaram“segundo IBOPE Jatene ganha no primeiro turno”. Diante do fato, A PESQUISA IBOPE, recebi vários telefones com a seguinte indagação: “tem ou não tem segundo turno?”. Como não acredito mais em Ibope, puxei da gaveta a nossa última pesquisa estadual realizada entre 24 a 28 de setembro, portanto, bem antes da coleta de campo do Ibope que fechou o campo na véspera. Fiz a conta dos votos válidos em que retiramos os brancos/nulos/indecisos, chegamos ao resultado: Jatene 49,7%, os demais candidatos somados, 50,2%, diferença de 0,5% para ter segundo turno.A partir de então, comecei a responder aos interlocutores: “indefinido, imprevisível” (nunca usei tanto essa palavra como no sábado e domingo), tudo vai depender da competência dos dois blocos partidários no “convencimento” de eleitores no sábado de dia, no sábado a noite, no domingo de madrugada e domingo de manhã. A forma de convencimento são as mais variadas possíveis. E o resultado oficial do primeiro turno: Jatene 48,92%,os demais candidatos somaram 51,08%, diferença de 2,16%. “Acelera Pará”, de fato, nos últimos momentos foi “competente” em acelerar e conseguir os 3 pontos percentuais para garantir o segundo turno. IBOPE está fora! Delete de suas memórias!



E o segundo turno? Um breve olhar sobre os números!

Analisando os números finais da eleição, podemos identificar, a partir deles, a tendência de Jatene sair vitorioso desta eleição. Vejamos: Ana Júlia, evidentemente, vai continuar com sua rejeição alta (final de primeiro turno zera tudo, segundo turno é outra eleição), mas não zera rejeição cristalizada, isso não! Portanto, Ana vai ter, como teve no primeiro turno, dificuldades de receber votação de eleitores que votaram em Domingos Juvenil, Fernando e Cleber. Vamos fazer um exercício, baseados em dados oficiais do primeiro turno. Jatene fechou o primeiro turno com 48,92% e Ana com 36,05%. Os outros candidatos somados, 15,03%; portanto,Jatene e Ana vão buscar esses 15,03%. Numa medida extrema: Jatene mantem os seus votos;todos os demais votarem em Ana e ela não perder nenhum voto, chegaria a 51,08%, passando Jatene. É evidente que é impossível essa hipótese acontecer. O mais plausível será fazer um exercício pela probabilidade. Os 15,03% votos flutuantes poderão ser distribuídos pela proporcionalidade dos votos recebidos pelos dois candidatos. Neste caso, 7,35% migraria para Jatene, 5,42% para Ana e 2,96% anulariam o voto. Portanto, ao final, Jatene poderia chegar a 56,27% e Ana a 41,47%. É um exercício baseado em números reais. Temos pela frente 25 dias para as “competências” dos blocos partidários manterem os votos recebidos no primeiro e conquistarem outros e até tirarem votos do adversário.

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